Coletivo Espaço Marxista
O ano de 2016 foi marcado por uma sucessão de derrotas para os trabalhadores brasileiros. A destituição golpista do governo de Dilma Rousseff, além de debilitar as já desmoralizadas instituições democráticas burguesas, colocou no poder uma quadrilha da direita mais reacionária que está implantando com voracidade as contrarreformas neoliberais e desmantelamento o que resta das conquistas sociais da Constituição de 1988. Além disso, o bloco golpista (que engloba não apenas as máfias parlamentares, mas também o grande capital, as oligarquias da mídia e o aparato repressivo do Judiciário/ MPF) deu uma nova orientação às relações internacionais do país, buscando colocar o Brasil debaixo da tutela de Washington e implodir a multipolaridade mundial e a integração da América Latina. Por exemplo, o recente afastamento da Venezuela do Mercosul, arquitetado em conjunto pelos governos direitistas que tomaram a América do Sul -Temer no Brasil, Macri na Argentina- mostra essa nova inclinação reacionária, que, evidentemente, também trará prejuízos para os BRICS e para o desenvolvimento e preservação das empresas e riquezas nacionais.