segunda-feira, 30 de março de 2015

Informes sindicais no Estado de São Paulo


Abaixo vão os informes passados pelo camarada metalúrgico Erwin Wolf, que integra o nosso comitê paritário através da Liga Comunista, referentes às lutas dos trabalhadores em São Paulo agora em fins de março.

São Bernardo do Campo

Burocracia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC faz acordo com a Ford de São Bernardo do Campo, trocando (abrindo mão) aumento salarial por abono (PRL) e promessa de estabilidade até 2017. A empresa abriu PDV.

domingo, 29 de março de 2015

Iêmen: ianques e sauditas tentam frear influência iraniana


Como em uma doutrina monroe árabe, a Arábia Saudita dá o recado no Iêmen: não admitirá o crescimento da influência do Irã, que apóia a milícia shi'a Houti, cuja investida contra o presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi incrementou a já conturbada situação no país e levou ao ataque do território iemenita pela coalizão saudita.

A crise iemenita deve ser entendida dentro do fenômeno das ditas "primaveras" árabes. Tal movimento consistiu, em seu início, em levantes de caráter espontâneo, diante da insatisfação popular com seus governos (em regra, ditaduras alinhadas ao Ocidente) que, em dado momento, foram "adotados" (cooptados) pelo mesmo imperialismo ocidental, para se livrar de tais "aliados" já não tão oportunos. Um fenômeno similar pôde ser visto nas "jornadas de junho" de 2013 no Brasil, que, se em seu nascedouro tinham pautas legítimas, acabaram por degenerar em pautas reacionárias. No Iêmen tal "primavera árabe" resultou na deposição de Ali Abdullah Saleh e na ascensão do agora também deposto Abd Rabbuh Mansur Hadi.

À parte as contradições dentro dos próprios campos, pode-se perceber que na crise instalada há dois grandes blocos em conflito. De um lado, o bloco saudita-sionista-estadunidense, objetivando, como dito, manter o status quo. Em especial, há que notar que o monarca da Casa de Saud desde final de janeiro, Salman bin Abdul Aziz, conhecido por ser "linha dura", precisa mostrar força. De outro lado, o bloco xiita Houti alinhado ao Irã. Evidentemente, nos marcos de tal disputa geopolítica nosso apoio está com esses últimos.

quarta-feira, 25 de março de 2015

As FARC-EP dialogam com o governo colombiano


Desde meados de março, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia- Exército do Povo e o governo colombiano têm dialogado, em torno da tentativa de processo de paz (o "processo de Havana", formalmente desde 2012). Entendemos que tal diálogo é salutar, mais que isso, imprescindível para se garantir a integridade do território colombiano e sua pacificação social (na medida em que isso seja possível nos marcos do capitalismo). Todavia, a paz pretendida não pode ser a dos cemitérios. Está vivo na memória o infortúnio que se abateu sobre dirigentes e militantes da Unión Patriótica nos anos 80 e 90, eliminados fisicamente pelo governo e pela extrema-direita, quando as FARC-EP, através de tal partido, buscavam se integrar ao institucionalismo "democrático". Nesse sentido, há que dialogar com o governo, mas no espírito de "confiar desconfiando", sem deposição de armas -que seria suicídio- e sem esquecer que a Colômbia é o enclave estadunidense na América do Sul, como Israel o é no Oriente Médio.

A notícia abaixo é da Prensa Latina (aqui), focando nos esforços russos para a saída negociada.

terça-feira, 24 de março de 2015

Milícias da Lituânia se armam contra a Rússia


A escalada de tensão no Leste europeu continua. Na esteira do informe anterior, acerca da realização de exercícios militares entre os EUA e a ex-república soviética da Lituânia (aqui), vemos agora na notícia abaixo (link aqui) que o país báltico tem se preparado para eventual invasão russa, seja aprovando o serviço militar obrigatório seja através do treinamento de milícias de cidadãos armados. Fica evidente que, por trás disso, está a movimentação estadunidense, objetivando isolar a Rússia e minar sua influência nos antigos países do Leste europeu.

Entendemos que o povo lituano tem o justo direito a sua autonomia e a seu orgulho nacional. Assim como os bolcheviques, ao mesmo tempo em que, internacionalistas que somos, combatemos o chauvinismo, apoiamos também as nacionalidades oprimidas. A autodeterminação dos povos é questão de princípio. Nesse sentido, há que reconhecer que a União Soviética pecou pela "russificação" excessiva de suas repúblicas, o que acabou por fomentar até hoje ressentimento, nacionalismo e a identificação da Rússia como potencial inimigo. Mas é preciso destacar duas coisas. Primeiro, tal orgulho nacional diante da "ameaça" externa, no caso a Rússia, e principalmente diante da associação da Rússia de hoje com a URSS do passado, pode degenerar facilmente, e em regra degenera, no fascismo e no anticomunismo. O crescimento da extrema-direita antirrussa na Ucrânia é o exemplo evidente. Segundo: a autonomia da Lituânia (ou de qualquer outra ex-república soviética ou do Pacto de Varsóvia) diante da Rússia não pode levar ao extremo oposto, o da subordinação de tais países à OTAN e ao imperialismo ocidental. Em face dessas considerações, nós somos contra a escalada belicista lituana, e consideramos tais movimentações, principalmente as parcerias militares com os EUA, uma provocação que traz apenas mais instabilidade para a região.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Palestina solidária com a Venezuela contra o imperialismo


Foi realizada em Gaza, por iniciativa da Frente Popular para a Libertação da Palestina, grande marcha popular em solidariedade à República Bolivariana da Venezuela, alvo de recente tentativa de intimidação ianque que lhe classificou como "ameaça". Tal iniciativa internacionalista é fundamental, haja vista que, como diz Brecht em seu poema, a solidariedade entre oprimidos é a esperança do mundo. Todos os povos sob tacão imperialista precisam somar esforços, sendo certo que as lutas de emancipação e libertadoras em todo mundo se conjugam, diretamente e indiretamente, na resistência diante do mesmo inimigo, em última instância, o capitalismo, que tem no imperialismo sua "etapa superior", nas palavras de Lênin.

Com efeito, é evidente que a verdadeira ameaça para o mundo é o imperialismo estadunidense, que espalha, pela dominação econômica ou militar (preferencialmente ambas), seus tentáculos por todo o planeta. Quem quer que demonstre a mínima altivez é imediatamente tachado de Estado terrorista e lançado no "eixo do mal", com Irã, Coreia do Norte e outros "diabólicos" países. O tensionamento em escala global, com o advento do bloco alternativo sino-russo (e BRIC's em geral) e o abalo sofrido com as últimas crises econômicas, faz com que os EUA recrudesçam sua ofensiva imperial para manter posição, contando para isso com os lacaios da UE, os sionistas e reacionários em geral. Precisamente contra essa "santa aliança" (referência à coalizão monarquista aludida na abertura do "Manifesto Comunista") os povos oprimidos do mundo precisam se unir, e o exemplo palestino aqui tratado precisa ser fartamente imitado.

A notícia abaixo foi retirada do sítio da FPLP, aqui.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Arrogância imperial: EUA advertem a Síria para que não “interfira” na violação de seu espaço aéreo


Segue abaixo, retirado aqui, extrato de coletiva de imprensa com Jennifer Psaki, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Como foi noticiado, as forças sírias teriam abatido nos últimos dias um drone estadunidense em Latakia, no noroeste do país. Tal gesto desagradou aos ianques, que, do alto de sua prepotência belicista, advertiram o regime de Assad.

Entendemos que o fato de não possuir controle sobre parcelas de seu território, perdidas para a organização criminosa ISIS e outros grupos "rebeldes", e de tolerar o suporte aéreo que os curdos têm recebido da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o mesmo ISIS, não retira da Síria o status de país autônomo e soberano. Assim, possui um governo formal, o de Assad, cuja autoridade deve ser respeitada. Dizer isso não significa que nos iludimos com o caráter do regime de Assad, mas é preciso ombrear com o mesmo contra a tríade interessada em sua queda: imperialismo- sionismo- wahhabismo. Tais forças reacionárias querem devastar o país, como fizeram na Líbia e no Iraque, portanto o momento pede frente única para resistência em torno do governo sírio.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Continua a provocação ianque no Leste europeu


Conforme falávamos aqui, cada vez mais os EUA deixam explícita sua já evidente intenção de tensionar com a Rússia e de aumentar sua influência na Europa Oriental. Não bastasse a crise ucraniana a pleno vapor (apesar do cessar-fogo), os ianques dão início a nova provocação, enviando unidades militares para a ex-república soviética da Lituânia, a pretexto de realizar exercícios militares com o país báltico e "fortalecer a segurança" da região.

Evidentemente Moscou dá a resposta, mobilizando sua frota no norte para a realização de exercícios em escala nitidamente intimidatória. Age corretamente: diante da sanha belicista estadunidense, há que pagar na mesma moeda. As notícias abaixo foram extraídas aqui e aqui, respectivamente.

terça-feira, 17 de março de 2015

Notas sobre a conjuntura argentina


Os apontamentos abaixo foram feitos pela Tendência Militante Bolchevique, seção argentina do Comitê de Ligação para a Quarta Internacional. É destacado que, à luz do fracasso da tentativa de golpe judicial orquestrado via "Caso Nisman", a direita alinhada aos EUA volta-se para o jogo eleitoral, e, nesse sentido, vai em busca do representante que melhor atenda aos seus interesses no pleito presidencial de 2015.

Notas superestructurales de la coyuntura argentina.

Con el empantanamiento del golpismo judicial, tras el caso Nisman y los limites que mostró la conformación del propio "partido judicial", las tendencias pro-EUA han vuelto a jugar con sobre el propio sistema de partidos. En un contexto en donde lo que era el candidato del imperialismo estadounidense -Massa del Frente Renovador es decir del peronismo no-kichnerista-, se encuentra en declive y mas allá de un sector de la "liga de intendentes" (prefectos) no puede cosechar apoyos políticos significativos. Por lo tanto el Frente Renovador de Massa no teniendo relevancia mas allá de la provincia de Buenos Aires. Es en este contexto que las tendencias a una reaproximacion a EUA y la Unión Europea empiezan a trabajar con Macri, jefe de gobierno de la ciudad autónoma de Buenos Aires (1) y Líder del PRO.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Pela frente única contra o fascismo!


Eis que a direita ocupou as ruas neste domingo, 15/ 03, atendendo às convocatórias da grande mídia e dos grupos de seu campo- integralistas, "Revoltados on line", "Movimento Brasil Livre", Clube Militar et caterva-, com as pautas mais reacionárias da agenda brasileira: do impeachment do governo petista à volta dos militares, tudo permeado pelos bordões de "Brasil não é Cuba (ou Venezuela)" e "Nossa bandeira nunca será vermelha" (sic). Quem teve a abnegação masoquista de assistir ao dominical "Fantástico", pôde perceber a euforia com que as manifestações pelo Brasil eram noticiadas.

Conforme consignamos em nossa ruptura com o PCB (aqui), o mandato de Dilma Rousseff tem presenciado a escalada de uma onda reacionária, que, integrada que é à própria reação imperialista mundial (típica do momento de crise do capitalismo e da ausência da contra-hegemonia soviética), vai ganhando mais e mais espaço na sociedade brasileira, o que justificou, por parte da oposição de esquerda, o voto crítico no PT no segundo turno de 2014 como forma de retardar tal escalada reacionária. Apesar de quase derrotado no pleito, o PT não aprendeu a lição e manteve sua política, ainda mais rebaixada, de conciliacionismo e de contrarreformas, se distanciando de seu cada vez mais evanescente lastro social. Assim, em meio a facadas nas costas por parte dos (mui) amigos do PMDB (como na imposição de Eduardo Cunha), de denúncias do caso "Lava jato" e da vontade expressa do tucanato de sangrar Dilma, o governo petista observa a direita ocupando em peso as ruas das capitais brasileiras, e isso ainda no terceiro mês de seu segundo mandato.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Coalizão liderada pelos EUA "acidentalmente" ataca combatentes iraquianos


O Bloco Cidadão iraquiano denuncia que combatentes do país têm sido atacados pela coalizão aérea antiterrorista liderada pelos EUA. Apesar das fontes oficiais do governo iraquiano botarem "panos quentes", trata-se, a nosso ver, de "fogo (mui) amigo" da pior espécie, condizente com a tática imperialista de manter o país sob tensão e açular conflitos sectários (precisamente aqui, inter-xiitas). Aliás, tais "enganos" por parte da coalizão, ao lado dos episódios de fornecimento de armas "sem querer querendo" (aqui), reforçam a tese -para nós concreta- do auxílio imperial-sionista ao ISIS, apesar do discurso hipócrita perante a comunidade internacional.

As notícias abaixo são extraídas da Alforat e da Prensa Latina (aqui e aqui, respectivamente). Na imagem que ilustra o post, o clérigo Ammar al-Hakim, dirigente do Conselho Supremo Islâmico Iraquiano, integrante do aludido Bloco Cidadão, em visita aos voluntários no front contra o ISIS em Tikrit.

Citizen bloc denounces bombing ISF by US-led Coalition
Published: 2015/3/12 18:10 • 39 Reads

Baghdad (Forat) –The Citizen bloc denounced bombing the Iraqi Security Forces by the US-led coalition.

terça-feira, 10 de março de 2015

Operação contra o jihadismo na Nigéria


A campanha contra o Boko Haram prossegue, conforme se vê na notícia abaixo (aqui), acerca da operação em conjunto entre Níger e Chade no território nigeriano contra a organização jihadista. Em razão de sua capilaridade, que lhe dá caráter transnacional, seu combate tem demandado o esforço em conjunto dos países afetados, e nesse sentido já postamos aqui sobre manifestações de massa no Camarões em repúdio ao grupo.

O jihadismo wahhabista (salafista) é um fenômeno de caráter reacionário. Além de desvirtuar o preceito corânico original, da Jihad como autodefesa (vide por exemplo 2: 190-193), é fundamentado no obscurantismo religioso mais arcaico. Por isso mesmo, tem sido historicamente utilizado pelo imperialismo, para causar terror, sectarismo e divisão nas sociedades por ele atingidas, conforme seus objetivos, bem como para servir de "mão de obra" contra adversários: vide o apoio ianque aos mujahedin afegãos contra a URSS e aos "rebeldes" sírios contra Assad. Não podemos desconsiderar, também, a miséria, opressão e a falta de perspectivas nessas regiões como elementos que fazem da juventude presa fácil de tais ideologias reacionárias, na ausência de um partido de vanguarda da classe operária que possa canalizar essas forças de forma progressista.

Segue abaixo a notícia.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Cuba e medicina internacionalista


O texto abaixo, da Prensa Latina (aqui), trata das campanhas internacionalistas de saúde que Cuba promove pelo mundo inteiro, com destaque, na matéria, para o Equador, onde tem a terceira brigada de médicos mais numerosa dos mais de 70 países onde atua.

No Brasil, a participação de cubanos no programa "Mais médicos" costuma despertar urros de ódio da parte dos reacionários. "Indignam-se", por exemplo, com o desconto que o governo cubano aplica na remuneração paga aos médicos, mas se esquecem das altíssimas cargas tributárias praticadas pelos países capitalistas, que chegam, em lugares como Brasil, Alemanha e Escandinávia, a quase metade do PIB. A "facada" capitalista na renda privada, contudo, diferentemente de Cuba, não resulta em benefícios sociais. É verdade que no exemplo escandinavo ainda se pode aludir a um Estado "Social"; nesse caso, fica evidente que para suprir demandas coletivas -na medida em que isso seja possível no capitalismo- o Estado precisa ser intervencionista e voraz contra o bolso do particular, o que prova que o Estado "mínimo" dos (neo)liberais não pode dar conta das necessidade públicas, aliás sequer tem interesse nisso. Os detratores também esfregam as mãos de prazer às notícias de deserção do programa por parte de cubanos. Esquecem também, todavia, que os desistentes do "Mais médicos" em sua maioria são justamente brasileiros, e que, de quase doze mil cubanos, nem duas dezenas desistiram, consistindo, a toda evidência, um número desprezível de deserções (aqui).

domingo, 8 de março de 2015

Cenário difícil para os curdos iraquianos


O artigo abaixo é assinado por Patrick Cockburn, do "The Independent" britânico (aqui). Traça um cenário desolador do Curdistão iraquiano, às voltas com corrupção, dirigentes venais, o ISIS às portas e forças armadas lamentáveis- a ponto do articulista definir o recuo dos peshmergas diante do ISIS em agosto de 2014 como uma das "mais vergonhosas derrotas da História".

Eu não partilho de tal visão negativa. Evidentemente minha simpatia maior é para com o Curdistão sírio e a experiência libertária de Rojava, mas os peshmergas, e o povo curdo em geral, historicamente têm mostrado valor e na resistência ao ISIS não seria diferente. Como quer que seja, vai abaixo o artigo, devendo, também aqui (e sempre), ser lido criticamente. .

sábado, 7 de março de 2015

"A verdade por trás das 'confissões voluntárias'"


Segue abaixo, traduzido por mim a partir do inglês, texto escrito por Leon Trotsky no final de janeiro de 1937, a propósito do segundo "Processo de Moscou". Tal julgamento, o "caso dos dezessete", teve como réus principais Karl Radek e Yuri Pyatakov, ao passo que o processo anterior, o "caso dos dezesseis", teve como alvos notadamente Zinoviev e Kamenev.

Como é cediço, os famigerados "processos" foram instrumento de chicana stalinista para consolidar o poder da burocracia dominante e eliminar, fisicamente, quaisquer resquícios de oposição. Além da ignomínia do ponto de vista político, consistiram em uma afronta aos princípios mais elementares do Direito: basta que se diga, para ficarmos com apenas um de inúmeros exemplos, que tal segundo processo, que culminou na execução de mais de uma dezena de bolcheviques históricos, foi concluído no prazo sumaríssimo de uma semana.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Todos os trabalhadores à marcha do dia 13! Derrotar a direita golpista!


Segue a posição do Comitê Paritário sobre a manifestação de massas do próximo dia 13, conclamando as forças progressistas a marcharem juntas. Diante do ascenso golpista pela direita, é um erro evidente, como têm pregado os pequenos grupos sectários, se omitir ou se ausentar do enfrentamento. A participação na marcha não significa defender o governo, muito pelo contrário. Trata-se de defender a classe trabalhadora brasileira, que estará sob o tacão fascista caso a onda reacionária continue seu avanço.

Todos os trabalhadores à marcha do dia 13! Derrotar a direita golpista, defender os nossos direitos, salários, empregos e a Petrobrás!

A Central Única dos Trabalhadores e outros movimentos sociais têm convocado um grande ato público para o próximo dia 13, em caráter nacional, "contra a retirada de direitos, em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás e da Reforma Política". Tal iniciativa encontrará contraponto, no dia 15 do mesmo mês, na mobilização pró-impeachment orquestrada pela oposição de direita ao governo PT -amplo leque que engloba de tucanos a neonazistas, passando por integralistas e fundamentalistas cristãos-, de modo que, para que não adentre uma crise de legitimidade que possa antecipar o fim do mandato de Dilma Rousseff, é fundamental para o governismo mostrar força e apoio popular neste ato.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Apoio ianque à Ucrânia cada vez mais descarado


Não é novidade que as potências ocidentais, os EUA à testa, apoiam Kiev contra os rebeldes pró-Rússia (os "separatistas"), interessadas que são em manter a Ucrânia sob o guarda-chuva da União Europeia e da OTAN. Tal apoio, todavia, vai cada vez mais se tornando explícito, de modo que hoje apenas os néscios poderiam, de boa fé, enxergar algo de progressista na reação que derruba estátuas de Lênin país afora.

Há que deixar claro que não endossamos, de forma acrítica, as forças separatistas, cientes que somos da heterogeneidade do movimento, que reúne de anarquistas a stalinistas, passando por conservadores à la Exército Branco, saudosistas das glórias do Czar. Tampouco pode ser desconsiderada a natureza imperialista, ou semiimperialista que seja, da Rússia de Putin, que, decididamente, nada tem do Estado Soviético do passado; contudo, em tal disputa é o lado correto a se apoiar, em prol do enfraquecimento do imperialismo "oficial", imprescindível que é golpear a hegemonia estadunidense, e acima de tudo em prol do interesse da classe trabalhadora da região.

A notícia abaixo é da Prensa Latina, e foi extraída aqui.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Resistência xiita no Iraque assusta os pró-imperialistas


O artigo abaixo, retirado aqui, traz uma abordagem fraca e tendenciosa, mas entendo por bem reproduzi-lo, pois trata da crise iraquiana e do crescente papel do Irã na mesma- como parte da solução, conforme entendo, ou parte do problema, conforme a articulista. Como o leitor perceberá, o texto, em minha opinião de teor anti-xiita, vê como problemáticos o surgimento e fortalecimento de milícias shi'a no Iraque bem como a influência de Teerã no desenrolar dos acontecimentos.

Uma leitura mais acurada da crise iraquiana terá em mente que é natural -mais que isso, fundamental- que por uma questão de sobrevivência, a população xiita, majoritária no país, organize sua autodefesa em face do caos institucional (desde a invasão imperialista de 2003) e do avanço da organização wahhabista ISIS. Diante das deficiências das forças regulares e da passividade do Ocidente (cuja "ajuda", em todo caso, nunca vem de graça, sendo preciso "confiar desconfiando"), cabe ao povo organizar-se em armas para sua própria proteção, mormente inflamado pelo chamado de Sistani, em junho do ano passado, convocando os cidadãos para a luta contra o terrorismo (i.e., ISIS e wahhabistas).

terça-feira, 3 de março de 2015

Barrar a privatização dos Correios!


A sanha neoliberal, neste início do segundo mandato de Dilma Rousseff, tem a ECT -Empresa Brasileira de Correios & Telégrafos- como um dos alvos prioritários. Não é de hoje que têm sido disseminados boatos sobre a intenção de venda, ou, em bom português, de entrega da empresa ao capital privado, acabando-se assim com o monopólio da União Federal sobre os serviços postais, tal como é hoje garantido na lei 6.538 e no art. 21, X, da Constituição.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Milícias cristãs e a marcha à teocracia


Eis que a Igreja Universal do Reino de Deus apresenta seu novo projeto, os "Gladiadores do Altar". Apesar do objetivo alegado ser formar jovens "que estão dispostos a abrir mão de suas vidas para que outras pessoas sejam ajudadas" (aqui), em verdade trata-se de verdadeira milícia, cujo caráter paramilitar salta aos olhos- da marcha à continência, passando pelo coro típico das casernas. A pergunta que não quer calar é por que a IURD precisa de seu próprio exército particular.

domingo, 1 de março de 2015

Camarões: manifestação popular contra o Boko Haram


A matéria abaixo (retirada aqui) narra a manifestação de massa ocorrida ontem, em Yaoundé, capital do Camarões, em protesto contra o Boko Haram, organização jihadista wahhabista que, apesar de situada no nordeste nigeriano, tem afetado os países próximos. Nesse e em outros conflitos nos países africanos se pode notar, ainda que indiretamente, o dedo sujo do imperialismo.

Como é notório, a África por décadas foi espoliada pelas potências mundiais, com uma perda incalculável em vidas humanas e riquezas naturais. Com as lutas de emancipação ao longo de meados do século XX, libertou-se do jugo europeu direto para ser presa de outra variante de exploração, via ditadores "nacionais" alinhados aos imperialistas (um deles, Teodoro Obiang, há 35 anos governando a Guiné Equatorial, foi notícia na mídia pelo seu patrocínio imoral ao carnaval carioca, aqui). Tal cenário de miséria e opressão é solo fértil para as mais reacionárias doutrinas, daí o papel imprescindível do partido de vanguarda que possa canalizar, na perspectiva de construção do socialismo, os anseios da classe trabalhadora africana.

Segue abaixo a notícia.

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