sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A máfia do PMDB e o Rio de Janeiro em crise


Coletivo Espaço Marxista

O PMDB colocou o Rio de Janeiro em gravíssima crise, após uma década de saque e espoliação no Estado. Há poucos meses, o então governador em exercício Dornelles (PP) declarou o Estado "falido" e proibiu novas contratações de servidores. Pezão, ao retornar após licenciamento médico, apresenta um verdadeiro "pacote de maldades" à ALERJ (presidida pelo também peemedebista Jorge Picciani), com propostas anti-trabalhador como o fim de programas sociais (como o "Aluguel social" e os restaurantes populares) e a taxação de 30% do vencimento dos servidores (aposentados e pensionistas inclusive), com a justificativa canalha de "equilibrar as finanças" do Estado. Pior que isso, na verdade nem recebendo em dia os servidores estaduais estão.

Como sempre acontece, nos momentos de crise (ou suposta crise) os grupos dominantes jogam a conta nas costas dos trabalhadores. Por exemplo, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE) o Rio de Janeiro deixou de arrecadar R$ 138 bilhões em ICMS apenas no período entre 2008 e 2013, por causa de isenções e renúncias fiscais em benefício de grandes empresas! Tais recursos deveriam estar sendo utilizados para garantir as necessidades da classe trabalhadora fluminense, como saúde e educação, e para pagar os servidores. Mas, ao contrário, a máfia no governo abre mão desse dinheiro para beneficiar o empresariado amigo.

Como se não bastasse, há o prejuízo nas contas públicas causado por corrupção. A recente prisão do ex-governador Sérgio Cabral, no âmbito da Lava Jato, tem exatamente por base a acusação de recebimento de propina e desvios em obras do governo estadual. Temos convicção da culpa do mafioso ex-governador. Essa é a essência da "democracia" burguesa: a festa dos poderosos, fazendo farra com o dinheiro público e deixando o povo à míngua. Mas não criemos ilusões: a Lava Jato, apesar do teatro midiático do "combate à corrupção", é uma ferramenta de setores de direita utilizada para inviabilizar potenciais rivais do PSDB nas eleições de 2018, e por esse mesmo motivo deve-se esperar para breve a prisão de Lula. Trata-se de uma movimentação acompanhada de perto (ou mesmo orquestrada diretamente) pela burguesia internacional, interessada no realinhamento geopolítico do Brasil na órbita de Washington e na implementação em ritmo vertiginoso da agenda neoliberal (o que as medidas do governo golpista Temer, em poucos meses, já puderam mostrar).

O Coletivo Espaço Marxista expressa sua mais profunda solidariedade aos trabalhadores do Rio de Janeiro. É preciso ir às ruas contra a máfia do PMDB e seu "pacote de maldades". Não podemos aceitar que o povo pague a conta da farra das elites. Fora Pezão! Fora Temer! Pelo autogoverno dos trabalhadores!
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