O texto abaixo, da Prensa Latina (aqui), trata das campanhas internacionalistas de saúde que Cuba promove pelo mundo inteiro, com destaque, na matéria, para o Equador, onde tem a terceira brigada de médicos mais numerosa dos mais de 70 países onde atua.
No Brasil, a participação de cubanos no programa "Mais médicos" costuma despertar urros de ódio da parte dos reacionários. "Indignam-se", por exemplo, com o desconto que o governo cubano aplica na remuneração paga aos médicos, mas se esquecem das altíssimas cargas tributárias praticadas pelos países capitalistas, que chegam, em lugares como Brasil, Alemanha e Escandinávia, a quase metade do PIB. A "facada" capitalista na renda privada, contudo, diferentemente de Cuba, não resulta em benefícios sociais. É verdade que no exemplo escandinavo ainda se pode aludir a um Estado "Social"; nesse caso, fica evidente que para suprir demandas coletivas -na medida em que isso seja possível no capitalismo- o Estado precisa ser intervencionista e voraz contra o bolso do particular, o que prova que o Estado "mínimo" dos (neo)liberais não pode dar conta das necessidade públicas, aliás sequer tem interesse nisso. Os detratores também esfregam as mãos de prazer às notícias de deserção do programa por parte de cubanos. Esquecem também, todavia, que os desistentes do "Mais médicos" em sua maioria são justamente brasileiros, e que, de quase doze mil cubanos, nem duas dezenas desistiram, consistindo, a toda evidência, um número desprezível de deserções (aqui).
Não é minha intenção laurear iniciativas do governo federal petista, contudo não se pode admitir que o discurso da direita hidrófoba paute a discussão. Em verdade, causa ojeriza a esses setores o próprio acesso, básico que seja, das populações pobres aos serviços de saúde (o "Mais médicos" busca atender áreas remotas), apesar de tal acesso constar como "direito social" -e portanto fundamental- na Constituição de 1988. Com tal serviço sendo prestado por profissionais da saúde egressos da Ilha Operária, então, tal ódio atinge o paroxismo.
Más médicos cubanos apoyarán programas de Salud en Ecuador
Quito, 7 mr (PL) Con la próxima llegada de otros 600 galenos, la brigada médica cubana en Ecuador será la tercera más numerosa del programa de cooperación internacional que desarrolla hoy la isla caribeña en más de 70 países.
En declaraciones a Prensa Latina, María Isabel Martínez, jefa del contingente cubano de la salud que labora en este país suramericano, adelantó que para entonces el número de profesionales de ese sector ascenderá a mil 200, solo superados por las brigadas que prestan servicios en Venezuela y Brasil.
Apuntó que los médicos cubanos están presentes actualmente en 23 de las 24 provincias ecuatorianas, y muchos de ellos, destacó, prestan servicios en zonas de difícil acceso.
Tenemos 10 convenios con el Ministerio ecuatoriano de Salud Pública, y otros dos con Instituto Ecuatoriano de Seguridad Social, agregó Martínez, quien dijo que en poco más de seis meses de trabajo, el personal cubano ha atendido a más de 150 mil pacientes ecuatorianos.
En base a esos acuerdos, los galenos de la isla caribeña trabajan en la Operación Milagro, que ha permitido que miles de ecuatorianos recuperen la visión, los trasplantes de órganos, la atención a pacientes con úlcera del pie diabético, la atención primaria de salud, y en la formación académica de sus colegas locales.
Al anunciar a finales de septiembre de 2013 la contratación de médicos, epidemiólogos, fisiatras y otros especialistas cubanos, el presidente de Ecuador, Rafael Correa, destacó el espíritu de consagración y la experiencia de los profesionales de la Salud de la país antillano.
Cuba es el mejor ejemplo a seguir para la Revolución sanitaria que queremos desarrollar, porque tiene uno de los sistemas de salud más completos del mundo, afirmó entonces el mandatario.
De acuerdo con los planes trazados por las autoridades ecuatorianas, hasta 2017 se prevé la construcción de mil 582 centros de salud totalmente equipados, 163 hospitales básicos y 24 de especialidades.
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