Genocídio indígena no Mato Grosso do Sul

O texto abaixo é o informe da companheira "Índia", correspondente da Frente Comunista dos Trabalhadores no Mato Grosso do Sul, e retrata o atual estágio da luta indígena na região, bem como a posição da FCT sobre o tema.

GENOCÍDIO DOS GUARANIS KAIOWÁS

O embate entre indígenas e fazendeiros foi reaceso no dia 29 de agosto, com o assassinato do Kaiowá Semião Vilhalva, importante liderança indígena, durante ataque de pistoleiros à área declarada oficialmente terra indígena, tekoha Ñanderú Marangatú, localizado no município de Antônio João.

Isso se deu devido à retomada do território, ratificadas desde 2005, equivalente a somente 2% do estado de todo território sul mato-grossense, pela 2° maior população indígena no Brasil, que hoje se encontra confinada em míseros 30 hectares de terra abrigando mais de 1200 pessoas, há mais de 10 anos.

Golpe militar em Burkina Faso

Na semana passada deu-se um golpe militar no país africano, quando a guarda presidencial tomou como reféns membros do governo provisório, incluindo o presidente interino Michel Kafando. Tal governo provisório conduziria o país desde que mobilizações populares causaram a queda de Blaise Compaoré, há 27 anos no poder, em outubro de 2014, até as eleições presidenciais que ocorreriam em outubro deste ano. Os militares golpistas seriam partidários de Compaoré, insatisfeitos com a norma que proibiria a participação de apoiadores do dirigente deposto em tais eleições. Desde então, o país está em crise, sob toque de recolher e incendiado por revoltas populares; e sob os olhares da comunidade internacional, a ex-metrópole França inclusive, que está dando guarida ao deposto Kafando (aqui).

A situação da Galiza, Espanha e Portugal no contexto da crise geral do capitalismo

O texto a seguir é de Susi Leira Lugrís, da Comunidad autónoma da Galícia [Galiza], Espanha, trazendo uma análise da situação político-econômica na Península Ibérica. Reproduzimos aqui o texto da companheira, apesar de possuirmos divergências pontuais.

SITUAÇÃO DA GALIZA, ESPANHA E PORTUGAL NO CONTEXTO DA CRISE GERAL DO CAPITALISMO

A situação atual das formações sociais galega, espanhola e portuguesa há de ser entendida no quadro da crise geral do capitalismo globalizado. Embora existam diversos pontos de vista acerca da origem dessa crise, tudo parece indicar que a responsável principal da mesma foi a deriva disparatadamente depredadora do capital financeiro, hegemônico dentro do capital social global, a dar absoluta prioridade às operações especulativas em detrimento de um tecido produtivo cuja destruição têm aliciado de maneira especialmente acentuada nos setores industrial e agrário.

Balanço e resoluções do 1º Congresso da Frente Comunista dos Trabalhadores (setembro de 2015)

Abaixo, seguem o balanço e as resoluções aprovadas no 1º Congresso da Frente Comunista dos Trabalhadores, ocorrido no dia 06/ 09/ 15 na cidade de São Paulo. O blog Espaço Marxista deixa consignado o orgulho de ter participado do processo -desde a fundação do blog no início de 2015, e já em fins de 2014 ainda como militantes individuais, quando a Frente se chamava Comitê Paritário-, bem como o entusiasmo para as vastas tarefas que a Frente tem diante de si.

[ATUALIZAÇÃO. Não estamos mais ligados à FCT desde outubro de 2015. Mantemos o presente post, porém, haja vista que integra nossa trajetória.]

BALANÇO E RESOLUÇÕES DO I CONGRESSO DA FCT

Por um partido bolchevique pela reconstrução da IV Internacional que combata o imperialismo com a tática da Frente Única e lute sob a estratégia da Revolução Permanente!

A Frente Comunista dos Trabalhadores deliberou no seu primeiro Congresso por se tornar uma nova organização centralizada, do tipo bolchevique-leninista. O Congresso foi realizado em São Paulo no primeiro fim de semana de setembro de 2015. Após quase um ano de experiência e militância comum, a Liga Comunista, o Coletivo Lenin– Fração Operária, o Espaço Marxista e a Tendência Revolucionária se encaminham por construir uma só organização.

China tensiona militarmente com os EUA

O texto abaixo, extraído da mídia burguesa norte-americana (aqui), trata do crescente tensionamento entre a China e os EUA -que o articulista chega a apontar como uma "guerra fria"-, do que faz parte a presença de navios militares chineses no Mar de Bering, na costa do estado ianque do Alasca (aqui).

Nós entendemos que esse acirramento tende a se aguzidar, na medida em que a crise econômica mundial de 2008 debilitou os centros tradicionais do capitalismo, deixando brechas para a ascensão de pólos alternativos, como a China e os BRICS, grupo do qual faz parte. Evidentemente Washington não gosta nada da ideia e, com os parceiros europeus, tem "corrido atrás" do prejuízo, utilizando todas as ferramentas à disposição para recuperar terreno- do boicote econômico à intervenção, branca ou armada, contra governos que rejeitem, minimamente que seja, a submissão canina ao império do norte, vide por exemplo o endosso ao golpismo na Venezuela, Argentina e Brasil. É inevitável, nesse cenário, que Pequim e Washington entrem cada vez mais em rota de colisão.

Solidariedade ao PCO contra a ameaça de cassação!

A direita brasileira, não satisfeita com as enormes concessões que tem arrancado dos governos do PT, implementando -ainda que não na velocidade e crueza desejadas- as contrarreformas neoliberais, tem realizado uma luta sem cartel contra a esquerda organizada. Por exemplo, as propostas de mudanças na legislação eleitoral para limitar o acesso dos pequenos partidos ao fundo e à propaganda partidários. É uma medida claramente voltada contra os partidos de esquerda, haja vista que os pequenos partidos de aluguel da burguesia, que não possuem a menor linha ideológica salvo a do oportunismo, se fundirão entre si sem o menor problema. Apenas os partidos de esquerda, que possuem princípios e conteúdo programático, sairão prejudicados com tais mudanças.

No bojo dessa ofensiva institucional, se insere a ameaça de cassação do registro do PCO, Partido da Causa Operária. Nós do blog Espaço Marxista nos solidarizamos com o partido, e deixamos registrado aqui o posicionamento da Frente Comunista dos Trabalhadores, organização à qual somos ligados: Abaixo a perseguição política e a ameaça de cassação do Partido da Causa Operária. Em defesa incondicional e irrestrita do direito de organização política e partidária dos trabalhadores! Contra a perseguição da direita aos direitos legais dos partidos de esquerda (PT, PCdoB, PCB, PSOL e PSTU)!

Segue abaixo a nota oficial do PCO sobre o assunto, extraída do sítio do partido.