segunda-feira, 27 de abril de 2015

Não esquecer o genocídio armênio!


O texto abaixo, da autoria de Sergio Rodriguez Gelfenstein, foi extraído da página da Agencia Venezolana de Noticias. É a propósito do trágico e lamentável morticínio imposto pelo Império Otomano (hoje Turquia) ao povo armênio residente em seu território, durante a Primeira Guerra. As classes dirigentes turcas, tendo à frente o reacionário presidente Edorgan, o mesmo que não move uma única palha para ajudar -ao contrário, age para atrapalhar- os refugiados curdos ameaçados pelo ISIS, se recusam terminantemente a reconhecer tal genocídio, cujo início completa 100 anos em abril.

¡No olvidar! A un siglo del genocidio armenio

Caracas, 24 Abr. AVN.- Los armenios se establecieron en el territorio que hoy ocupan en una fecha tan lejana como el siglo IX antes de Cristo (adC). Su capital Ereván fue fundada en el año 782 adC. El siglo I a.C es conocido como la Época de Oro, un gran mandatario, el rey Tigrán II el Grande extendió el imperio hasta los confines de los mares Mediterráneo, Negro y Caspio. En el año 301 después de Cristo (ddC), Armenia fue el primer Estado del mundo que adoptó el cristianismo como su religión. Su patriarca Grigori el Ilustrador, fundó el monasterio de Echmiadzin, sede hasta hoy de los patriarcas de la iglesia armenia.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Socialistas irlandeses denunciam escalada bélica britânica


No texto abaixo -link aqui-, o partido irlandês de esquerda éirígí expõe sua preocupação em razão do recente vôo de avião de guerra inglês -um RAF Hercules, usado para transporte tático- sobre Down, um dos seis condados que compõem a Irlanda do Norte. Os socialistas irlandeses denunciam o uso do solo e do território irlandeses para os fins belicistas dos ingleses, seja reforçando sua presença militar na região seja treinando tropas para investidas imperialistas no resto do mundo.

Há séculos o imperialismo britânico assola o planeta. Hoje atua em conjunto com seu "filho", o imperialismo norte-americano, como na infame "dobradinha" Bush-Blair para a invasão do Iraque em 2003. É um inimigo poderoso, mas acreditamos na capacidade de mobilização do proletariado inglês -o mais avançado, ao lado do alemão, nos tempos de Marx- para deter a besta-fera.

BRITISH WARPLANES IN IRISH SKIES

The socialist republican party éirígí has voiced their concerns following the recent “training mission” conducted by the British Forces of occupation.

sábado, 18 de abril de 2015

A propósito da ruptura da Esquerda Marxista com o PT


Em relação à ruptura da Esquerda Marxista -seção brasileira da International Marxist Tendency de Alan Woods- com o Partido dos Trabalhadores (aqui), bem como de seu chamado por uma frente de esquerda, nós do blog Espaço Marxista gostaríamos de tecer algumas considerações.

De início, entendemos que essa ruptura -propriamente, proposta de saída a ser apresentada na conferência nacional de fins de abril- veio até tarde. Pensamos que a insistência demasiada em partidos social-democratas, da esquerda pequeno-burguesa ou burgueses com influência de massas (como nós classificamos o PT, conforme se vê aqui e aqui), sai da esfera do entrismo trotskysta e adentra, perigosamente, os meandros do pablismo. Mais de uma década do PT no governo foi suficiente para dar cabo de qualquer ilusão, e apenas ingênuos, quando não descarados oportunistas, insistiam na possibilidade de "disputar" o governo com tubarões como Renan, Collor, Sarney e a fina flor do coronelato brasileiro com os quais o PT pretendeu buscar "governabilidade". Esse pacto cobrou seu preço, e eis o PT refém de (mui) aliados insaciáveis e a classe trabalhadora brasileira lesada em direito após direito, haja vista que, diferentemente do que prega a conciliação de cores bonapartistas que propõe o lulismo, "não se pode dar a uma classe sem tirar de outra" (Marx no "18 Brumário").

quarta-feira, 15 de abril de 2015

FPLP convoca unidade palestina contra o ISIS em Yarmouk


Desde fins de março e início de abril a organização criminosa salafista wahhabista ISIS -Estado "Islâmico"- ataca, em conluio com sua aliada sazonal, a Frente al-Nusra, o campo de refugiados palestinos de Yarmouk, na Síria. A crise humanitária que se abate sobre os refugiados é de proporção absurda, tendo milhares fugido quando possível e, os que se mantêm no local, prejudicados no acesso aos serviços básicos mais elementares, como atendimento médico. Isso tudo sob ataques de snipers jihadistas e artilharia pesada, conforme se vê neste informe detalhado. O grupo palestino à frente da resistência tem sido o Aknaf Beit al-Maqdis, ligado ao Hamas, que tem demandado por auxílio e reforços.

Abaixo, extraída aqui, publicamos a proclamação da Frente Popular para a Libertação da Palestina convocando a união de forças em defesa de Yarmouk. Há que dizer, lamentavelmente, que a profusão de tendências entre palestinos -o informe disponibilizado acima fala em 14 facções da OLP- tende a dificultar um trabalho em comum. É preciso denunciar, igualmente, que a histórica violação do direito de regresso dos refugiados, que os expõe a situações como esta, está na raiz do drama atual.

domingo, 12 de abril de 2015

A direita recua nas ruas, mas a vigilância continua


E acabou em fracasso a nova tentativa da direita -amplo leque, de "liberais" a fascistas descarados- de ocupar as ruas do país neste domingo (12/ 04), querendo repetir os números da manifestação anterior. Conforme a própria imprensa direitista admite, "número de manifestantes é menor do que no dia 15 de março" (aqui). Tal esvaziamento não quer dizer que tais setores estejam derrotados, a uma, porque ainda são números expressivos -uma média de um milhão de pessoas pelo país inteiro-, a duas, porque, com ou sem as ruas, a direita tem conseguido impor sua pauta diante de um PT covarde e acuado.

Desde que chamamos a unidade de ação -inclusive com governistas- contra o golpismo de direita, deixamos claro que eventual derrubada do governo petista é (seria, ou será) apenas um dos episódios da ofensiva reacionária de nossos tempos. Exatamente por isso, ombrear com o PT contra o golpismo -que se insere em uma ofensiva maior- não nos converte em "governistas" ou "defensores do governismo", como o pequenos grupos e seitas sectários e academicistas gostam de acusar. Pelo contrário, trata-se de compreender o momento atual da luta de classes. Não se pode, diante da polarização evidente -evidente, isto é, para além do desejo e fantasias dos "revolucionários"- se abster e chamar uma "outra" via, quando não se possui a menor base social para isso. E tampouco há tempo para construir essa outra via.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Terceirização, ofensiva neoliberal contra os trabalhadores


Um dos sintomas da ofensiva neoliberal dos últimos anos -que, no Brasil, não só não estancou como em muitos aspectos recrudesceu, sob os governos do PT- é o ataque impiedoso aos direitos trabalhistas, sob rótulos eufemísticos como "terceirização" e "flexibilização". Tal ataque objetiva não só a piora de direitos existentes (como as novas regras de seguro-desemprego no início deste ano) como a transferência das relações de emprego da alçada legal para a alçada meramente contratual, onde o "negociado" pode vigorar sobre o "legislado", dentro da mais perfeita "liberdade contratual" entre as partes.

Apenas um imbecil, contudo, senão um mau caráter, pode afirmar que há "liberdade" de contratar entre patrão e empregado. Há claramente dois pólos de forças desiguais. Enquanto o trabalhador necessita vender sua força de trabalho, seu único recurso, no desiderato elementar de sobrevivência, o empresário, detentor dos meios de produção -o que já lhe dá vantagem sobre o empregado- objetiva o lucro e, para tanto, quanto mais extrair da força de trabalho comprada, melhor. Cientes desse descompasso, os ordenamentos jurídicos do mundo têm, desde o século XIX, obrigados a ferro e fogo pelas lutas e reivindicações da classe operária, garantido aos trabalhadores direitos que possam atenuar a exploração patronal. Tais direitos de cunho trabalhista são tradicionalmente considerados dentre os direitos sociais, constituindo, dada sua relevância, direitos humanos (ou fundamentais) de 2ª dimensão (sendo os de 1ª dimensão, ordem apenas cronológica, as liberdade clássicas oriundas das revoluções liberais/ iluministas).

terça-feira, 7 de abril de 2015

Sauditas serão derrotados no Iêmen, diz o Hezbollah


Na notícia abaixo, da Prensa Latina (aqui), há nova manifestação do secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em entrevista concedida ao canal sírio al-Ekhbariya, sobre a crise iemenita. O dirigente xiita vai na linha do que apontávamos em post anterior (aqui), denunciando a escalada ofensiva no Iêmen como uma forma desesperada dos sauditas -em conluio com seus aliados norte-americanos e sionistas- conservarem hegemonia na região, principalmente diante do crescimento de suposta influência do Irã, cuja relativa vitória nas negociações com as potências mundiais em torno de seu programa nuclear fez os sionistas espumarem de raiva (aqui).

De nossa parte, somos defensores intransigentes da autonomia e soberania do povo iemenita, contra toda e qualquer agressão, militar ou não, do Império e seus aliados. Demandamos pela suspensão imediata das hostilidades realizas pela coalização saudita contra o território iemenita e pela solução mediada do conflito, de forma independente e não-subordinada aos interesses imperialistas.


Líder de Hizbulah libanés pronostica derrota saudita en Yemen

Beirut, 7 abr (PL) El secretario general del movimiento de resistencia Hizbulah, Hassan Nasrallah, vaticinó una gran derrota de Arabia Saudita en Yemen, y denunció que los ataques aéreos contra rebeldes hutis son parte de un proyecto saudita-estadounidense-israelí, destacaron hoy medios libaneses.

Venezuela contra a ingerência ianque


A República Bolivariana da Venezuela continua sua campanha internacional de angariação de apoio contra a agressão (des)velada dos EUA que, mediante decreto presidencial, classificaram o país sul-americano como uma "ameaça" à segurança nacional estadunidense. Diversos povos e países do mundo, da Guatemala à Coreia do Norte, já manifestaram sua solidariedade com os venezuelanos contra a prepotência imperial. Além de uma clara provocação, o decreto -"executive order"- de Obama é de uma hipocrisia atroz, na medida em que basta que se estude a história das Américas há pelo menos dois séculos para que se perceba qual país é, na verdade, a real ameaça para seus vizinhos e para o mundo.

Segue abaixo, retirado do sítio do Partido Socialista Unido de Venezuela (aqui), pronunciamento do ministro da Educação venezuelano, Héctor Rodríguez, em debate popular sobre a ingerência e o intervencionismo estadunidense.

domingo, 5 de abril de 2015

Posições equivocadas sobre a Ucrânia


Segue abaixo, vertido para o português (original aqui), texto do Socialist Fight, seção britânica do Comitê de Ligação para a Quarta Internacional, acerca das posições que as diversas organizações da esquerda britânica têm adotado sobre a questão ucraniana. Os interessados em conhecer mais a fundo o cenário local e compreender melhor os episódios e grupos citados no texto, podem entrar em contato através do email socialist_fight@yahoo.co.uk.

Na Ucrânia há três posições equivocadas que reivindicam o nome do trotskysmo, oscilando entre suas margens e as margens do stalinismo (ao menos na Grã-Bretanha). Essa última é mais ou menos a de uma apoio acrítico a Putin e aos líderes de Donbass. Ninguém nesta lista defende esse posicionamento, apesar de terem sido por muitas vezes falsamente acusados disso por Michael Calderbank e outros por aí para encobrir seus próprios rastros políticos. O único autodeclarado grupo nessa posição são os posadistas, que em verdade se afastaram até mesmo do trotskysmo centrista em meados dos anos 50. Seu correspondente stalinista seria o CPGB (ML) de Harper Brar.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Massacre jihadista no Quênia


Na semana em que a Nigéria elege seu novo presidente, Muhammadu Buhari (nem tão novo, pois já ocupara o comando do país após um golpe militar nos anos 80), que promete ser implacável com o Boko Haram, o Quênia sofre brutal violência jihadista, perpetrada pelo grupo de base somali al-Shabaab. O ataque, contra estudantes da Universidade de Garissa, no nordeste do país, teria vitimado quase uma centena de pessoas, basicamente cristãos, e seria represália pelo engajamento das forças quenianas no combate a extremistas.

Como falamos em outro post, o jihadismo é um fenômeno reacionário, e, como tal, inimigo a ser combatido sem trégua pela classe trabalhadora. Não se pode esquecer, todavia, que apesar dos discursos hipócritas do Ocidente é o próprio imperialismo mundial que fomenta o fenômeno, direta -fornecendo armas e recursos contra inimigos "em comum", como o apoio aos jihadistas sírios contra Assad- e indiretamente -pela revolta, miséria e falta de perspectivas, impostas às juventudes dos países sob tacão imperialista, fazendo com que, na falta de um partido progressista de vanguarda, se voltem para doutrinas reacionárias.

O texto a seguir, retirado aqui, é sobre Mohamed Mohamud, dirigente da al-Shabaab e suposto mentor intelectual do recente ataque.

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