No dia 14 de fevereiro de 2018 o jovem Pedro Gonzaga, de 19 anos, foi estrangulado até a morte diante de testemunhas em uma filial do "Extra" na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, pelo segurança do supermercado David Ricardo Moreira.
O grotesco episódio, cujo chocante vídeo circulou amplamente pela internet, é uma amostra do trato do capitalismo com a vida humana. Na barbárie capitalista a vida nada significa, podendo ser descartada facilmente sem o menor escrúpulo, principalmente em se tratando da defesa de interesses empresariais. Veja-se, por exemplo, a orientação à polícia feita pelo recém-eleito governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para "abater" suspeitos, como se estivesse falando de gado e não de seres humanos (nem gado!), ou o absoluto descaso da Vale do Rio Doce com as vítimas da queda de suas barragens. Como se não bastasse, há o fortíssimo racismo institucionalizado: a agressão covarde não decerto teria ocorrido se o jovem Pedro fosse loiro de olhos azuis.