terça-feira, 3 de março de 2015

Barrar a privatização dos Correios!


A sanha neoliberal, neste início do segundo mandato de Dilma Rousseff, tem a ECT -Empresa Brasileira de Correios & Telégrafos- como um dos alvos prioritários. Não é de hoje que têm sido disseminados boatos sobre a intenção de venda, ou, em bom português, de entrega da empresa ao capital privado, acabando-se assim com o monopólio da União Federal sobre os serviços postais, tal como é hoje garantido na lei 6.538 e no art. 21, X, da Constituição.

Contudo, os corifeus do desmanche estatal são insidiosos e vão comendo pelas beiradas. No caso dos Correios, por exemplo, foi aprovado para o ano de 2015 um "plano de reestruturação" (vide aqui), com o suposto objetivo de "eliminar inchaço das áreas e sobreposições de funções, reduzir excesso de burocracia" etc., ou seja, a velha prática dos "choques de gestão" na busca pela eficiência. Evidentemente, somos a favor da melhoria da eficiência nos serviços públicos; todavia, a "eficiência" pregada pela burguesia é aquela feita às custas da exploração dos trabalhadores, através de flexibilização de direitos, demissões em massa e assédio moral severo. Tais "reestruturações" sempre arrebentam do lado mais fraco, o da classe trabalhadora, enquanto os lucros e as vantagens ficam para o bolso do capitalista.

É preciso unir forças aos ecetistas para impedir o desmanche de mais uma empresa pública (isto é, do povo brasileiro, em tese que seja). Ademais, não é supérfluo lembrar que a atividade postal, por envolver a circulação de produtos e itens, ou, precisamente, conforme o art. 7º da referida lei 6.538, "o recebimento, expedição, transporte e entrega de objetos de correspondência, valores e encomendas", por toda a extensão do território brasileiro, tem natureza estratégica, afeta, sem exagero, à segurança nacional. Mais um motivo pelo qual tal atividade deve continuar exclusivamente sob a alçada da União, mesmo que não se trate ainda, como queremos, de um governo da classe trabalhadora.
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